Ela vive como quem brinca de pique esconde com a própria vida. Cada passo meticulosamente planejado para não se cruzarem em uma esquina qualquer. Alguns passos em direção ao desconhecido e uma sirene gritando alertas de perigo ressoa tão alto em sua mente que seria capaz de acordar toda a vizinhança.
Vai vivendo sempre sozinha, pois acredita que enquanto não deixar os outros se aproximarem, não permitirá também que a vida encoste nela e, assim, evitará o sofrimento. Pobre menina boba, será mesmo que evitar viver é sinônimo de evitar sofrer? E principalmente, o não sofrer vale o preço de não viver?
Prefiro a agitação das ondas indo e vindo, subindo e descendo do que o marasmo das águas calmas e plácidas que não vão para lugar algum.
Divirta-se! Permita-se, me leve ao seu mundo e me traga com uma nova consciência!