O céu estava cinza, houve turbulência durante todo o voo e nenhum sorriso, brincadeiras ou provocações quando saímos da sala de desembarque do aeroporto que sempre tantas expectativas me proporcionava. A paisagem não parecia tão bela e o silêncio dentro do carro devia pesar tanto quanto a estrutura daquela ponte que atravessávamos. Pela primeira vez não sorri ao ver o pão de açúcar; meu herói havia morrido e o dia 1º de outubro se tornaria, para sempre, o dia mais triste do mundo, para mim.
Não haveria mais jogos de dominó, não haveria mais olhares cúmplices, não haveria mais abraços. As férias nunca mais seriam as mesmas, a casa nunca mais seria a mesma. Estava vivendo minha primeira perda e meu mundo nunca mais ficaria inteiro novamente.
Heróis deveriam ser proibidos de morrer.