Odeio o fato de todos os meus textos serem sobre ou para você. Tenho medo de que isso te dê a falsa impressão de que eu me importo e não se engane, meu bem, eu não me importo nem um pouco com o que você faz da sua vida a partir do momento em que aquela porta se fechou atrás de mim.
Não vou dizer que não sofri ou que não me importei. Mas todos esses sentimentos ficaram lá atrás, no passado. Não tem porque continuar trazendo para o presente quem não quer fazer parte do seu presente. E você não quis. Você não quer. E tudo bem, nem sei se eu queria também. Não é recalque, nem papo de mulher largada, é que nós dois mudamos tanto e não sei se aquele casal no final das contas era realmente nós dois de verdade. Acho até que não. A pessoa que me disse aquilo tudo durante a nossa última e derradeira discussão não era o cara por quem me apaixonei e com quem fiz tantos planos. Definitivamente não era.
Então por que continuo escrevendo sobre você? Não sei. Talvez porque você foi o mais perto que cheguei de um amor de verdade. Talvez porque eu tenha passado tanto tempo ao seu lado que ainda não aprendi a enxergar o mundo de maneira dissociada de você. Talvez porque eu ainda tente entender o que foi que deu errado, afinal é com os erros que a gente aprende, não é? Talvez simplesmente porque você ainda é o meu melhor personagem. Talvez porque eu ainda não tenha encontrado um novo amor tão inspirador. Talvez simplesmente porque o amor acabou, mas você, com suas qualidades e defeitos, ainda é minha maior fonte de inspiração.
Talvez porque o fim do que tivemos juntos não queira dizer, necessariamente, que não deu certo.
Pensamentos Sem Nexo 