Por que tanto medo, menina? Será que você não enxerga nos meus atos, não percebe nas minhas palavras, que eu não tenho nada a ver com ele? Eu não vou sumir de repente como se você não significasse nada para mim. Eu não vou cansar de você como quem se cansa de uma roupa velha. Você acha mesmo que eu teria lutado por você por dois anos para desistir logo em seguida?
Ouça o que eu te digo, menina, não apenas em palavras, mas nas entrelinhas, através dos meus toques pelo seu corpo, através dos meus beijos. Eles te falam tanto sobre o que eu sinto por você. Muito mais do que eu mesmo sou capaz de compreender. É que quando estou com você é tudo tão intenso, que eu só quero saber de sentir. E eu sei que você sente isso também. Mas é aí que o medo entra em ação e te faz recuar. Pare de recuar, menina. Eu não vou te fazer mal. É mais fácil você partir o meu coração do que eu me cansar de você.
Eu sei que você compara cada uma das minhas ações, cada um dos meus olhares com os dele, mas eu não sou ele, menina. Não sou. E nem vou me tornar. E quer saber, você também não é mais aquela menina ingênua que era quando estava com ele. Somos duas pessoas novas. Vale mesmo a pena fugir de uma história que tem tudo para ser sem igual, para ser nossa, por puro medo?
Vá embora por não me querer, desista de mim por mim, mas não desista de nós por me comparar com ele. Porque eu não sou ele, menina.