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Resenha: A Máquina de Contar Histórias

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No ano passado, durante a 4ª Bienal do Livro de Minas Gerais tive o prazer de conhecer e bater um papo com o escritor Maurício Gomyde. Como sempre, saí da bienal com vários livros novos, entre eles, A Máquina de Contar Histórias, autografado pelo autor. No autógrafo, Gomyde dizia esperar muito que eu me surpreendesse com a história. Pois bem, eu mal podia imaginar!

A Máquina de Contar Histórias conta a história de Vinícius Becker, “o maior escritor do país. Frio, veloz e conhecido como “a máquina de contar histórias”, nada parece ter o poder de desviá-lo do sucesso. Mas, na noite de lançamento de seu décimo livro, em meio ao calor da aclamação do público, ele recebe a notícia que há anos esperava não receber: em outra cidade, sua esposa Viviana perdeu a batalha para a leucemia e morreu sozinha em um quarto de hotel. Em meio ao sofrimento, Vinícius descobre o desprezo das duas filhas pelo pai que nunca aparecia, dedicado 100% à carreira de escritor, aos eventos e à eterna busca pelos “parágrafos perfeitos”. Até que ele assiste, por acaso, a um vídeo no computador da filha mais velha. Nele, a esposa revela os seis desejos que gostaria de ter realizado em vida. Vinícius, então, decide sair em uma jornada para reencontrar o amor das filhas. Três cidades, muitos momentos, infinitas lições.”

A primeira surpresa já surge logo no início, na escrita leve e cativante do autor, que te faz querer continuar virando as páginas mais e mais, mesmo ao retratar um assunto pesado. E isso é um ponto pra lá de positivo. Apesar da temática triste e de eu ter me pego chorando emocionada em vários trechos, Gomyde soube mesclar isso com outros momentos mais leves, de beleza e sutilezas ímpares. Os personagens também são muito bem construídos, os sentimentos expostos por eles são facilmente entendidos. É fácil se colocar no lugar de Valentina, a filha de 16 anos que se revolta com o pai ausente no momento de maior dor de sua vida. Por outro lado, quantas vezes não fazemos como Vinícius e deixamos que coisas menos importantes se sobreponham em nossas vidas?

A cada página, entre lágrimas e sorrisos, a família V vai se conhecendo mais, descobrindo informações importantes uns sobre os outros, aprendendo infinitas lições, e a cada página virada, posso dizer que fui me surpreendendo e tirando lições também para a minha vida pessoal e profissional, já que a trama também é pontuada por várias discussões sobre a arte de escrever. Assim, a máquina de contar histórias se torna também uma máquina de emoções e lições para quem se permite mergulhar em suas páginas.

Título: A máquina de contar histórias
Autor: Maurício Gomyde
Editora: Novo Conceito (selo Novas Páginas)
Número de páginas: 192

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Segundas chances

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Outro dia estava andando à toa por uma livraria quando me deparei com um livro sobre dois amigos, apaixonados desde a infância e que voltam a se encontrar adultos, uma espécie de segunda chance dada aos dois pela vida. No fim da sinopse vem a pergunta: o que você faria se a vida te desse uma segunda chance? Aquela pergunta aparentemente boba grudou na minha cabeça e volta e meia eu me via pensando nisso, o que eu faria se tivesse uma segunda chance? Não sei!

É claro que se pararmos pra pensar, todos nós já nos arrependemos de termos dito algo em algum momento ou de termos nos calado em outro, de termos magoado aquele guri bacana, mas será que esses momentos mereceriam uma segunda chance? Parando para pensar, algumas pessoas bacanas ficaram pelo caminho, mas isso abriu porta para que novas chegassem e novas histórias pudessem ser escritas. O não acontecido permitiu que outras coisas acontecessem e os rumos tomados, as escolhas feitas, foram me moldando e me trazendo até o ponto em que estou hoje.

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Talvez eu pudesse ter olhado com mais atenção e carinho para algumas pessoas, ter brincado menos com o sentimento de outras, ter mergulhado mais de cabeça em coisas e pessoas, mas a verdade é que cada vez menos eu quero olhar para o passado. Meu olhar está voltado cada vez mais para o futuro. Vejo o passado apenas como um aprendizado para o que não fazer no presente e no futuro. Não quero segundas chances, quero primeiras vezes, quero aquela adrenalina correndo na veia por um novo começo, quero trilhar novos caminhos. Quero dar chance para que o novo me encante e me surpreenda.

E você, gostaria de ter uma segunda chance? Pra quê?

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Você sabe o que é TBR Jar?

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Você já ouviu falar em TBR Jar ou The Book Jar? Aparentemente a ideia não é nova, mas eu só a conheci essa semana, através de um grupo do qual faço parte no Facebook.

“O TBR é uma abreviação da frase em inglês To Be Read, que em português é a nossa famosa lista Para Ler, e as palavras book e jar significam, respectivamente, livro e jarro. Assim, em resumo, TBR Book Jar quer dizer, basicamente, Jarro de Livros Para Ler.”

Todo mundo que eu conheço que ama ler e, consequentemente ama livros, vai se identificar com o seguinte problema: cada vez que entra em uma livraria ou visita alguma loja virtual sai com uma pilha nova de livros que vão se acumulando na estante. São livros e mais livros, alguns que nem lembramos que temos. E mesmo com essa pilha de livros, nos deparamos sempre com a pergunta: o que vou ler agora?

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Pois bem, o TBR vem para ajudar justamente a responder essa pergunta. A ideia é colocar em um jarro ou qualquer outro recipiente o nome de todos os livros que você tem em casa para ler . A partir daí é só sortear e ler.

Mas atenção:
1. Não coloque livros que você gostaria de ler, mas que ainda não existem na sua estante;
2. Não coloque os livros dos amigos;
3. Livros com prazo de leitura não devem ser colocados;
4. Se você comprou mais livros, adicione os nomes deles no jarro;
5. Se você sortear um livro, é este livro que você lerá (nada de trocar de tirinha até aparecer o que você quer ler, isso é trapaça!).

Eu já fiz o meu e descobri que tinha 115 livros para ler nas minhas estantes. Eu sabia que eram muitos, mas não tinha a real noção de que eram tantos. Fica a dica, vou colocar a foto do meu aqui embaixo.

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Quem quiser fazer e mandar as fotos eu vou adorar ver. Irei compartilhar as fotos dos livros que forem sendo sorteados através do meu instagram (taty_perry) e provavelmente vou resenhar alguns deles aqui no blog. Fica o convite 😉

PS: trechos do texto foram tirados do blog Nem um pouco Épico

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