Arquivo da tag: amor próprio

Ela não é como as outras, rapaz

menina_dancando

Ela não é como as outras, rapaz. Ela cansou de sofrer, de esperar por algo que nunca vinha e um dia, depois de uma noite inteira chorando por alguém que não valia a pena, ela resolveu que nunca mais perderia tempo chorando por quem não merecia. Ela ia era aproveitar a vida. Por isso, rapaz, nem se aproxime dela se você for um romântico daqueles de filmes da sessão da tarde. Não, ela não é a sua princesa dos contos de fada.

Mas isso não quer dizer que ela é a pessoa errada, não é? Ela quer mesmo é aproveitar a vida e fazer o que tem vontade, sem se preocupar com rótulos ou com a opinião dos outros. Uma noitada regada a muita risada com as amigas aqui, um beijo de tirar o fôlego ali, uma noite de sexo quente com uma pegada de enlouquecer e sem qualquer tipo de compromisso acolá. Ela não se reprime em prol das convenções, ao contrário, ela voa de acordo com as suas vontades.

Ela vive, ela ri, ela se diverte. E por que você não pode entrar na dança e se divertir com ela?

Deixe um comentário

Arquivado em Crônicas e Contos

Ela é livre, rapaz

mulher-feliz-escolhas-certas-sem-culpa-40337

Olhe ela ali toda faceira, rindo como não se via há muito tempo. E você que achou que a vida dela iria acabar sem você, que ela ia perder o rumo.

Sabe o que é aquele sorriso? Ela tá feliz. Ela aprendeu que se é preciso um amor do lado para ser feliz, esse amor é o dela por ela mesma. Ela tá vendo como é boa a sensação de liberdade, de não ter ninguém emburrado do lado, ninguém controlando se a saia tá curta demais ou o decote grande demais.

Ela finalmente redescobriu que é livre para escolher, para falar com quem quiser, para paquerar o carinha da mesa ao lado no restaurante na hora do almoço se sentir vontade, para beber com as amigas lembrando dos casos e da época da faculdade.

Ela é livre rapaz, como você nunca permitiu que ela fosse e se livrar de você não fez ela perder o chão, pelo contrário, foi o impulso que ela precisava para voar.

Deixe um comentário

Arquivado em Crônicas e Contos

Você foi o amor da minha vida… por uma noite

 

 

mulher-balada

Você acredita em amor à primeira vista? Eu não acreditava até entrar na boate escura e abafada. A festa até tinha uma temática bacana e meus amigos garantiram que eu ia me divertir. Só precisava abrir a mente, tomar uns shots de tequila e deixar que o álcool liberasse meu outro eu, aquele que pouco se lixa para a ressaca moral no dia seguinte.

Seria apenas mais uma festa, daquelas que eu pouco me lembraria no dia seguinte. O gosto amargo na boca sempre abafa qualquer possível lembrança. Mas acho que dessa vez nem a pior ressaca do mundo me faria esquecer você, dona absoluta da pista. Dona absoluta de si. E, por isso mesmo, todos os homens do lugar só tinham olhos para você. E você ali, sem dar confiança pra nenhum deles e nem pra mim. A música e a coisa rosa que você bebia pareciam suas únicas companheiras e você estava satisfeita com o prazer que elas estavam te proporcionando. Para quê acrescentar mais alguém a essa equação?

Me sentindo como o garoto que espia a vizinha trocando de roupa fiquei ali, absorvendo cada gota de você, como você fazia com a sua bebida. Memorizando cada gesto, cada movimento. Parecia ter voltado à adolescência, sem coragem de me aproximar, mas é que você tinha algo que parecia gritar, nem vem! E eu como um menino obediente não fui.

Mas você foi, foi o amor da minha vida. Pelo menos por esta noite.

1 comentário

Arquivado em Crônicas e Contos

Tô deixando você ir

tumblr_ldiynymhAQ1qfww4jo1_400

Sabe moço, chega uma hora na vida da gente em que é preciso deixar o outro ir, parar de aceitar migalhas de amor ou do que quer que seja. Por isso, chegou a hora, estou desistindo desse “nós” meio torto que a gente vinha formando nos últimos tempos. Como duas peças de quebra-cabeça que foram se desgastando e hoje já não se encaixam mais tão bem.

Tô te desalojando do palco principal, tirando a peça de cartaz. Estou te colocando na gavetinha daquela máquina de costura que herdei da minha avó e que você dizia só servir para juntar poeira. Estou te trancando lá dentro, junto com linhas e botões velhos. Estou te fechando na máquina que não funciona mais, que é pra não correr o risco de esquecer e abri-la de repente e me deparar com você e com sentimentos que ficam mais bonitos adormecidos. Cê já reparou como existem coisas que são melhores assim, como lembranças, sonhos ou meros borrões que nem sabemos identificar direito? Como uma paisagem que passa pela janela do trem em movimento.

Tô levando comigo só o que já era meu e deixando as migalhas para trás. Tô saindo pela porta a passos lentos, implorando por uma palavra que me mostre que ainda há motivo para ficar, mas você não diz nada e o seu silêncio, ao contrário, diz tudo.

4 Comentários

Arquivado em Cartas

Quer saber, desapeguei!

saia verde

Hoje me dei conta que apesar de todo esse tempo você ainda insiste em continuar aqui, controlando cada pedaço da minha vida, cada passo que dou. Foi de repente que essa constatação caiu sobre a minha cabeça enquanto me arrumava para sair com as meninas e troquei a saia verde, pelo simples motivo de que você sempre reclamava quando me via com ela, dizendo que ela era curta demais. E então me vi pensando em cada detalhe que você ainda controla e, quer saber? Chega! Estou me desapegando de vez de você e das manias que deixou para trás quando foi embora.

Estou colocando em um saco daqueles bem grandes de lixo toda a implicância com a minha caneca do Minion – se eu sou velha demais ou não para ela é um problema só meu; as bufadas e reviradas de olhos diante dos meus filmes preferidos, se você não consegue ver que todo mundo precisa de alguns momentos de diversão na vida, então sinto muito por você; os comentários sobre como o meu café é forte, o meu chá é fraco, como eu canto mal no chuveiro, como as minhas amigas são escandalosas; como tudo o que eu gosto e faço parecia sempre errado para você. Me responde, por que mesmo você passou tanto tempo ao lado de alguém tão errada? Aproveito para jogar fora também aquelas suas manias de guardar todas as embalagens com os rótulos virados para a frente, de atravessar toda a sala pisando em apenas quatro pedaços do tapete e de nunca poder comer no sofá. Descobri que o tempo que eu gastava arrumando produto por produto no armário pode ser usado para coisas muito mais agradáveis e que nada mais divertido do que comer diante da televisão colocando em dia a sua série favorita, que claro, nunca vai ser a mesma que a minha. Você realmente deveria experimentar.

desapegar

Sabe, vou fechar o saco com toda força para evitar que algo escape e continue por aqui, dando frutos e mantendo você por ainda mais tempo junto a mim. Afinal, você já ficou muito mais do que deveria. Não irei devolver, para evitar que você faça com outra o que fez comigo, então vou largar por aí, em uma lata de lixo qualquer pelo caminho até o bar, onde eu e minha saia verde iremos encontrar minhas amigas escandalosas e teremos um momento de algo que você não conhece e nunca conheceu e que eu aprendi a ter depois que você foi embora: leveza!

2 Comentários

Arquivado em Crônicas e Contos

Pelo fim da espiadinha

stalkear-a-tu-pareja-es-mala-idea

Trilha:  Morrissey – The more you ignore me the closer I get

Não, este não é um post pedindo pelo fim do BBB. Vamos à cena: você está de bobeira na frente do computador e antes que se dê conta já está entrando no facebook, no twitter e até no instagram em busca das últimas atualizações do ex ou daquele gatinho em quem você está de olho. Não se iluda, o mesmo vale para os rapazes, porque sim, eles também são mestres na arte de stalkear. Sem que você se dê conta essa ação vai se tornando um hábito, um vício e, no fim das contas você passa mais tempo checando os perfis do outro do que o seu próprio.

Tudo vai muito bem, ou pelo menos é o que você acha, até que o ser em questão posta uma atualização se dizendo feliz ou com uma piada interna que, como o próprio nome diz, você não é capaz de entender ou “pior”, uma foto com outra. Pronto, seu mundo desabou e você se vê xingando a coitada que nem tem nada a ver com a sua obsessão. Em menos de meio segundo ela já virou piranha, vadia e outras coisas machistas do tipo. Agora me diz, pra que serviu tudo isso? Você está aí, se martirizando, quase arrancando os cabelos, os olhos já inchados de chorar, analisando cada milímetro da foto ou do comentário feliz do sujeito. E ele? Ele está lá fora fazendo o que você também deveria estar fazendo: vivendo!

Enquanto você passa o dia revivendo o passado, o presente está acontecendo bem diante dos seus olhos, implorando por um pouquinho dessa atenção que você teima em dispensar ao que já passou, ao que não volta mais ou ao que poderia ser se você partisse para a luta. Por isso, solta este cabelo, sobe no salto e, acima de tudo, mantenha os olhos bem abertos porque a vida está passando bem à sua frente.

Antes de fuçar uma vez mais nas redes sociais do moço pare e pense, ele vale realmente tudo isso? Ele vale que você deixe a sua vida passar para ficar acompanhando a dele? Enquanto assiste a vida do outro você não tem olhos para ver aquele carinha da faculdade que não tirou os olhos de você durante toda a apresentação do trabalho, ou aquele rapaz que tinha tudo para virar seu presente e seu futuro se você tivesse aberto seus olhos e seu coração apenas um pouquinho para o que está acontecendo ao seu redor.

Meninas e meninos, deixem o passado no lugar dele porque a gente só pode ser feliz aqui e agora e enquanto você revive o passado acompanhando o presente de outra pessoa, a sua chance de ser feliz passa e ninguém merece que você abra mão da sua felicidade. A vida foi feita para que a vivamos e, principalmente, para sermos felizes. Por isso, volte a viver. Volte a encher o mundo com as suas ideias, seus sorrisos, suas atitudes. Volte a viver a vida que realmente importa e não a dos outros.

3 Comentários

Arquivado em Crônicas e Contos