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Carta para te dizer, assim do meu jeito torto, que eu te amo palhacinho.

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Hoje acordei nostálgica. Ando assim, fazer o quê? Nem fui e a saudade já anda batendo com força, parece querer me lembrar a cada momento das coisas boas que estou deixando para trás, das pessoas amadas que vou passar tempos sem ver. E é inevitável, cada vez que olho para você, me perguntar se eu estou fazendo a coisa certa.

Hoje faz um ano que você me beijou pela primeira vez; lá naquele bloco em Santa Tereza. Os foliões passando pela gente, empurrando, gritando, mas nada mais parecia importar, só nós dois, a avenida era toda nossa aquela noite. E de certa forma, nesse um ano sempre senti que o mundo era só nosso também.

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Naquele mesmo dia, um ano atrás, você me disse que era apaixonado por mim há dois anos, mas que sabia que eu não estava pronta para você. Quanto tempo perdemos por medo, palhacinho, e agora aqui estamos nós, o relógio nos lembrando a cada batida do pouco tempo que ainda temos. Como eu queria que você me pedisse para desistir, para não pegar o avião. Mas eu sei que você nunca faria isso comigo, por mais que eu saiba que dói aí tanto quanto aqui. Como eu queria te pedir para largar tudo e vir comigo, mas o quão justa eu estaria sendo com você, te fazendo largar a sua vida para viver o meu sonho?

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Talvez tenha que ser assim, palhacinho. Talvez esse tenha que ser o nosso tempo junto. O melhor ano de nossas vidas. As melhores risadas, a segurança em forma de abraço, o olhar que diz mais que qualquer palavra, o silêncio cúmplice, o amor descoberto por acaso.

Mas ainda faltam três semanas, palhacinho, e eu ainda quero aproveitar cada segundo que o relógio nos oferece, deitar a cabeça no seu peito, fechar os olhos e sentir que o mundo é só nosso.

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Quando você estava aqui

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Tem tanta coisa aqui que eu queria te contar. Tipo, como eu passei pela sua antiga faculdade ontem e fiquei lembrando de uma época em que éramos sonhadores e podíamos passar horas fazendo planos para os nossos futuros. E de como depois fui descendo a pé até chegar ao Parque Lage e fiquei na dúvida se realmente estava te vendo falar sobre García Marques, com aquela paixão tão característica sua, ou se era apenas meu desejo inconsciente de te ter ali comigo mais uma vez. Queria te contar como a Urca continua a mesma, exceto pela falta de você.

Tanta coisa mudou desde então… Você resolveu mudar de cidade, de trabalho, de amigos. Quem sabe até de sonhos. Mas ao mesmo tempo tanta coisa ainda continua a mesma. Eu ainda tenho medo de ficar sozinha no escuro, ainda sonho mais acordada do que dormindo e meus melhores textos ainda são sobre você, embora você nunca tenha se dado conta disso.

Tudo mudou em tão pouco tempo, ainda assim continuo querendo te contar que tudo era melhor quando você estava aqui.

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Ciranda

despedidas
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Não gosto de despedidas
E das vidas entrelaçadas
Por elas interrompidas.
 
Enquanto afastados,
Somos como fantasmas.
Fingimos que vivemos
Sobrevivemos nas lembranças,
Na contagem regressiva pelo reencontro.
 
Você me diz que tudo vai ficar bem.
Eu digo a você que tudo vai ficar bem.
E longe do olhar do outro
Nossos olhares tristes
Derramam lágrimas de solidão.
Nossos braços sentem falta dos abraços.
Nossos lábios, dos beijos molhados.
 
Contamos os dias e as noites como presidiários.
Presos pelo amor,
Reféns da distância e do tempo
Até o próximo encontro que tudo apaga,
Até a próxima despedida que tudo reinicia.
Como numa ciranda
Que nunca se acaba.
 

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