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Você é meu melhor e se

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Apesar de saber que a cada dois anos as chances de te encontrar são enormes nunca estou verdadeiramente preparada para aqueles minutos de fila, cumprimentos cordiais, olhares furtivos. É tanto e se passando pela minha cabeça. E o pior é que volto para casa depois de cumprir o dever cívico e você continua na minha cabeça o restante do domingo.

Não como algo ruim, algo do qual quero me livrar e não consigo. Você sempre foi meu e se bom. Talvez por saber que você eu não tive a chance de magoar. Apenas éramos novos de mais. Às vezes me pergunto como teria sido se tivéssemos nos conhecido em outra fase da vida, em outra página do livro. E se tivesse sido aos 20 e não aos 13? E se eu fosse menos tímida? E se eu não tivesse toda uma carga me acompanhando? E se?

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Mas a verdade é que quem diz que o e se não serve para nada está mais do que certo. Seguimos nossas vidas, cada um do seu jeito. Talvez se não tivesse sido desse jeito, hoje você não fosse uma lembrança boa. O meu melhor e se.

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Arquivado em Crônicas e Contos, Pensamentos sem nexo

A escolha é minha

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Acabou. Doeu muito e eu te amaldiçoei muito também. Mas como tudo na vida, a dor e a tristeza passaram. O que não passou foram as boas lembranças e os aprendizados.

Eu nunca teria saltado de bung jump se não tivesse aceitado mergulhar de cabeça em você. Eu nunca abriria minhas asas para saltos maiores se você não tivesse apertado minha mão, me garantindo que se eu caísse você cairia junto e que a gente aprenderia a se levantar juntos também. Eu ainda estaria parada no “e se” se você não tivesse me mostrado que o barco da vida continua seguindo em frente, pronto para descobrir terras desconhecidas e maravilhosas. Eu ainda estaria sonhando com Paris se você não tivesse me mostrado que é na impulsividade que a vida nos põe diante das melhores surpresas.

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Eu nunca poderia me arrepender do que vivemos. Foi te amando que aprendi a me conhecer melhor. A ver que os meus limites estavam muito além do que eu imaginava. Que existem os momentos de ceder e os de ser teimosa. E que ceder não é sinônimo de fraqueza, muito pelo contrário. Foi com você que descobri que odeio dormir de conchinha. Mas acima de tudo foi com você que eu aprendi que viver junto pode ser muito bom, mas pode se tornar um pesadelo quando passa a ser uma obrigação.

E foi com você que eu descobri que eu sempre tenho escolha para começar e para por um ponto final quando o assunto é a minha vida e o meu amor.

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Vislumbre de você

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Hoje tive um rápido vislumbre de você. Você passou ao meu lado, atravessando a rua na direção contrária e nem me viu – ou fingiu que não viu – e eu fiquei ali entre seguir em frente como se nada tivesse acontecido ou seguir atrás de você, tentar saber o que foi feito da sua vida. A dúvida durou o tempo que levou para o sinal abrir novamente e eu quase morrer atropelado no meio da avenida e você sumir em meio a multidão. Mas se meus pés me levaram adiante, meu coração parece ter corrido atrás de você, como sempre correu, por mais que eu, burro, lutasse contra.

Você parecia tão diferente, tão mais mulher naquele terninho que sempre odiou. Não que você não fosse mulher antes, mas sempre fui apaixonado pelo seu jeito menina que surgia nos momentos mais inesperados, pedindo brigadeiro, colo e cafuné. E enquanto você vinha em minha direção eu só queria que você estivesse sem os óculos escuros para que eu pudesse ver seus olhos. Afinal, não há forma melhor de saber o que você está realmente sentindo do que encarando os seus olhos. Eles mostram e falam bem mais do que você, e eu queria ter certeza de que você está feliz e de que eu não estraguei aquela inocência tão sua, ao partir de repente, por medo daquela pessoa na qual eu estava me transformando ao seu lado. Embora hoje eu sinta falta daquela versão de mim como nunca senti falta de algo antes. Ou será falta de você?

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Hoje tive um rápido vislumbre de você. Você passou ao meu lado, cheia de si, segura e confiante e eu fiquei ali, parado e perdido no e se…

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