Sabe, menino, nunca te disse isso, mas adoro o fato de você ter chegado chegando. Se fazendo de fato presente quando eu menos poderia imaginar. Na verdade nem queria saber de me envolver com alguém. Coração ainda estava em processo de cura e bem, você sabe que não era o melhor dos momentos. Mas você resolveu arriscar, achou que já era hora das feridas serem curadas e se instalou.
Têm sido meses de sorrisos constantes, de aprendizados mútuos, de ver o sol raiar depois de conversas que fluem naturalmente horas a fio, mas também de silêncios apaziguantes.
Obrigada por ter me mostrado que não existe hora certa para o amor. E por me mostrar que silêncios não precisam ser repletos de tensão. Assim como, que não é porque não deixa marca na pele que não é abuso.
Obrigada por tentar compreender minhas lágrimas e por ter ficado comigo naquele dia de abril. Por ter me deixado à vontade para chorar no seu colo e por me mostrar o que é se sentir segura pelo simples toque de alguém.
Obrigada por compreender o meu momento e nunca me pedir para desistir em prol de nós dois. Obrigada por sonhar junto, por se incluir, por fazer planos que se encaixam nos meus. Obrigada por respeitar os meus sonhos, os meus dramas, os meus medos particulares.
Obrigada por ser meu palhacinho particular quando eu preciso rir e me dar espaço para entrar quando o palhaço precisa chorar. Obrigada por me fazer entender o que é compartilhar uma vida, pela cumplicidade em todos os momentos, mesmo nas vexatórias. Obrigada por me fazer me sentir tão a vontade a ponto de deixar o meu lado criança e o sentimental virem à tona sem medo de ser julgada.
Obrigada por não ter desistido, menino, e por ter acreditado que poderia dar certo quando ninguém mais, nem eu mesma, acreditaria. Obrigada por ter esperado o momento certo.
Obrigada por me amar e por me deixar amar você, assim, do nosso jeitinho particular.