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Não sinto mais medo de amar você

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Não vou negar, lutei com todas as minhas forças contra cada partícula do que eu sentia por você. Lutei, quase desisti, desisti, lutei de novo. Lembro da sua vó me dizendo que se fosse por medo, pra eu não abrir mão do que a gente tinha; que muitas pessoas passavam a vida toda em busca exatamente daquele sentimento. E eu ali, fugindo, tentando não olhar para trás.

Fui, caminhei por aí, voei como tantas vezes você me disse para fazer. Conheci lugares, pessoas, me apaixonei por cidades de nomes impronunciáveis, ri até a barriga doer, fiz mais do que imaginava, vi mais do que meus olhos esperavam ver, bebi mais do que o recomendável, e ainda assim, descobri que nada estava completo sem poder dividir com você.

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Cansei de lutar, cansei de fugir e agora, cansada de fingir não sentir, volto para você. Sem medo de errar, sem medo de ser sua, sem medo de amar você. Descobri, talvez um pouco tarde, que sua vó tinha razão e que eu sempre busquei aquilo que somos juntos. Eu e você, simples assim.

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Nunca foi amor

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No meio da discussão você solta mais um eu te amo, como se isso fosse resolver todos os nossos problemas em um passe de mágica. E você parece não entender, parece nunca perceber que o que eu quero são mais do que meras palavras ditas num momento de desespero, no ápice de um gozo. Seria tão mais fácil me fazer acreditar nesse amor se você simplesmente me mostrasse ele no dia a dia.

Encaro seus olhos em busca de algum sinal, por menor que seja, uma migalha ao qual eu possa me agarrar, um pedaço de madeira boiando em alto mar numa noite de tempestade, mas seus olhos injetados só me mostram medo. E me dou conta daquilo que eu sempre soube, não era amor, mas apenas medo de ficar sozinho. Sempre foi.

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Abraçados no meio do caos nossas lágrimas se confundem. Repito incessantemente que vai ficar tudo bem, não sei se para consolar você ou a mim mesma. Você também percebe que pela primeira vez estamos sendo sinceros um com o outro?

É, talvez até haja mesmo alguma beleza no fim.

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Eu te amo

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Eu te amo.

Não estava nos meus planos me apaixonar por você, mas aconteceu e eu cansei de negar o que sinto.

Eu te amo.

Não sei bem quando foi que aconteceu. Talvez tenha sido naquela tarde em que você atravessou a cidade debaixo de chuva para ir ver o filme do vampiro, como você chamava, comigo porque minha amiga havia furado na última hora e você sabia o quanto eu detesto ir ao cinema sozinha. Ou naquele festival em que você não saiu do meu lado durante todo o show do Snow Patrol, mesmo conhecendo apenas a música mais chiclete da banda e no final me disse que tudo bem, a banda era até legalzinha. Talvez tenha sido quando eu tive dengue e você não saiu do meu lado mesmo depois de eu ter vomitado em cima de você.

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Eu te amo.

Era tão óbvio, não era? Entre longas conversas sobre tudo e sobre nada, entre gargalhadas sem fim e bebedeiras… entre comemorações por aprovações em vestibular, formaturas e pequenas vitórias do dia a dia que se tornavam grandes passos rumo à vida adulta… entre ombros amigos e colos para chorar as perdas, as dores e os finais infelizes… Como não percebi antes que tudo o que eu procurava estava bem diante de mim, o tempo todo?

Eu te amo.

E desculpa ter demorado tanto pra perceber.

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Eu te amo

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Eu te amo! Fiz essa descoberta durante a minha última viagem de avião. Quando o piloto finalmente avisou que o problema técnico havia sido resolvido e que íamos decolar um misto de ansiedade e alívio tomou conta do avião. Mas foi só atravessarmos a primeira zona de turbulência para o coração vir à boca e eu me ver agarrada a todos os santos. E naquele desespero a minha mente buscou imagens dos meus pais, sobrinhos e a sua. Eu não queria perder nenhum de vocês. E ali, naquele exato momento de desespero descobri: é amor o que eu sinto por você!

Como eu não havia percebido antes? Que o acelerar do meu coração ao simples som da sua voz ou menção do seu nome era sinal de amor? Que só o amor explicaria que eu superasse o meu medo de voar apenas para te ver a cada 15 dias? E o que falar do fato de eu ficar inquieta o dia todo e só me sentir tranquila depois de ouvir a sua voz e o seu riso ao telefone?

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Como explicar o fato de eu buscar o seu sorriso torto em cada cara que eu via enquanto atravessava a Paulista? Ou o arrepio ao simples cheiro do seu perfume? Ou o fato de só conseguir dormir agarrada àquela sua camisa xadrez?

Bem, agora eu sei: eu te amo!

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É amor

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Sonhei que você tinha ido embora e levado contigo todas as possibilidades de uma vida em conjunto. Acordei sobressaltada, mas bastou uma simples olhada para o seu lado da cama, para o seu jeito espaçoso que ocupa quase 2/3 da cama para o meu coração se acalmar. E como sentindo que eu precisava de você – você sempre sente – você se virou, me puxando para os seus braços e eu não poderia querer estar em outro lugar. Ali, aninhada em seus braços eu sabia, era amor.

Como naquela noite em que eu te fiz andar cerca de cinco quarteirões apenas para encontrar meu sorvete favorito e quando encontrei você abriu um sorriso e ao te perguntar o que era, você disse, dando de ombros: “nada, você apenas fica linda tomando sorvete.” E ali eu soube, era amor.

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Aliás, naquela noite de chuva, quando você me beijou pela primeira vez, na escada da biblioteca, enquanto esperávamos a água baixar para irmos embora da faculdade, e me abriu seu sorriso torto, meio incerto com os olhos apertados, eu soube que poderia me apaixonar perdidamente.

Poderia congelar aquela cena e passar o resto da minha vida revivendo aquele momento. As borboletas no estômago e o seu sorriso incerto. Hoje eu sei, é amor!

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