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A história de nós dois

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Nem tudo foi como imaginamos no auge do nosso amor. Mas nem por isso estou disposto a dizer que a nossa história não deu certo, pequena.

Ela deu certo na medida do que fomos capazes, do que cada um de nós tinha para dar naquele determinado espaço-tempo. Talvez em outro momento ela tivesse sido completamente diferente. Talvez não.

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Não foi como esperávamos, mas nem por isso foi menos intensa, menos inteira. Eu me doei ao máximo e nunca duvidei da sua capacidade de se entregar também. Talvez tamanha intensidade não merecesse acabar da forma como acabou, mas foi a forma que encontramos de lidar com aquilo. Nem todo mundo sabe lidar de uma forma bonita com o fim. Eu não sei. Você definitivamente também não, menina.

Mas foi o nosso jeito, a nossa história, o nosso momento. A história que criamos juntos, com início, meio e fim. Sem príncipes, princesas e viveram felizes para sempre… mas ela é nossa. E é esse tipo de história que a gente guarda pra sempre!

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Em busca do presente que nos dê uma boa história de amor

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Talvez um dia, menino, você entenda que eu te amei com todas as formas que eu tinha para isso. Com cada pedaço de pele, cada gota de suor, cada suspiro e lágrima engolidos.

Às vezes acho apenas que não era pra ser. A minha forma de amar não se encaixava na sua forma de receber amor. Quem sabe se tivéssemos nos encontrado num outro momento? Eu menos machucada. Você menos endurecido pelo tempo.

Poderíamos ter construído uma bela história menino, mas o futuro do pretérito não costuma render boas histórias de amor. Por isso seguimos em frente, eu e você, cada um rumo a um dos lados de uma encruzilhada, se afastando mais um do outro a cada passo. Vamos em busca do presente que nos dê uma boa história de amor.

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Se as ruas de Dublin falassem…

 

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Se as ruas de Dublin falassem eu pararia para ouvir suas histórias. Porque tenho certeza de que elas contariam a história de nós dois e de como você quase me derrubou numa terça feira à tarde na saída da biblioteca. Você conseguiu agarrar o meu braço antes que eu caísse sentada no chão molhado, mas a prova de ética que eu passara quase três horas terminando de fazer não teve a mesma sorte. E mal sabia eu que aquela seria apenas a primeira folha de papel minha que ficaria ensopada por culpa sua. Ou talvez seja apenas mais fácil dizer que a culpa das nossas brigas bestas sempre foram suas.

Se as ruas de Dublin falassem elas contariam sobre piqueniques regados a risadas, cervejas, juras e promessas que sempre acabavam interrompidos pela chuva. Sobre beijos roubados na Hanover Quay, desafios para ver quem conseguia beber mais Guinness em qualquer pub da cidade, passeios de mãos dadas… Provavelmente contariam também como é impossível ouvir Madame Joy e não lembrar de você e da sua fixação por esta música e sobre como acabei ficando tão viciada em Van Morrison quanto você.

Se as ruas de Dublin falassem elas contariam como foi fácil me sentir apaixonada por você, assim, meio sem querer. E como o ar quase me faltou quando eu me dei conta que te amava, numa terça feira à noite quando saí do trabalho e te encontrei parado na porta do prédio, me esperando com seu sorriso torto no rosto. E como não consegui conter as lágrimas quando você disse, pela primeira vez, que me amava logo depois de eu ter manchado a sua camisa preferida com ketchup.

E ainda há quem afirme que Paris é a cidade do amor.

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