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Você sabe o que é TBR Jar?

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Você já ouviu falar em TBR Jar ou The Book Jar? Aparentemente a ideia não é nova, mas eu só a conheci essa semana, através de um grupo do qual faço parte no Facebook.

“O TBR é uma abreviação da frase em inglês To Be Read, que em português é a nossa famosa lista Para Ler, e as palavras book e jar significam, respectivamente, livro e jarro. Assim, em resumo, TBR Book Jar quer dizer, basicamente, Jarro de Livros Para Ler.”

Todo mundo que eu conheço que ama ler e, consequentemente ama livros, vai se identificar com o seguinte problema: cada vez que entra em uma livraria ou visita alguma loja virtual sai com uma pilha nova de livros que vão se acumulando na estante. São livros e mais livros, alguns que nem lembramos que temos. E mesmo com essa pilha de livros, nos deparamos sempre com a pergunta: o que vou ler agora?

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Pois bem, o TBR vem para ajudar justamente a responder essa pergunta. A ideia é colocar em um jarro ou qualquer outro recipiente o nome de todos os livros que você tem em casa para ler . A partir daí é só sortear e ler.

Mas atenção:
1. Não coloque livros que você gostaria de ler, mas que ainda não existem na sua estante;
2. Não coloque os livros dos amigos;
3. Livros com prazo de leitura não devem ser colocados;
4. Se você comprou mais livros, adicione os nomes deles no jarro;
5. Se você sortear um livro, é este livro que você lerá (nada de trocar de tirinha até aparecer o que você quer ler, isso é trapaça!).

Eu já fiz o meu e descobri que tinha 115 livros para ler nas minhas estantes. Eu sabia que eram muitos, mas não tinha a real noção de que eram tantos. Fica a dica, vou colocar a foto do meu aqui embaixo.

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Quem quiser fazer e mandar as fotos eu vou adorar ver. Irei compartilhar as fotos dos livros que forem sendo sorteados através do meu instagram (taty_perry) e provavelmente vou resenhar alguns deles aqui no blog. Fica o convite 😉

PS: trechos do texto foram tirados do blog Nem um pouco Épico

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5 livros que li e que me marcaram em 2014

Quem me conhece sabe que se tem algo em que sou totalmente viciada é em ler. Leio, releio, indico para os amigos… Por isso, nesse final de ano resolvi fazer uma lista dos 5 livros que li e que mais me marcaram neste 2014, pelos mais diversos motivos.

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1) Sempre e Sempre Redemption – J.M. Darhover

Sinopse: “ESTA É UMA HISTÓRIA SOBRE SACRIFÍCIO… MORTE… AMOR… LIBERDADE. ESTA É UMA HISTÓRIA SOBRE A ETERNIDADE. Haven Antonelli e Carmine DeMarco cresceram em circunstâncias muito diferentes. Haven, escrava de segunda geração, estava isolada no meio do deserto, seus dias cheios de trabalho duro e de abuso aterrorizante. Carmine, nascido em uma família rica da máfia, viveu uma vida de privilégios e excessos. Agora, uma reviravolta do destino faz com que seus mundos colidam. Enredado numa teia de segredos e mentiras, eles aprendem que, embora diferentes na aparência, eles têm mais em comum do que qualquer um poderia imaginar. Em um mundo cheio de caos, onde o dinheiro e o poder comandam, Haven e Carmine anseiam se libertar, mas uma série de eventos que começou antes de qualquer um deles nascerem, ameaça destruí-los em vez disso. Assassinato e traição são uma forma de vida, e nada vem sem um preço – especialmente a liberdade. Mas o quanto eles terão que sacrificar? Eles podem escapar de seu passado? E, acima de tudo, o que significa ser livre?”

A história de Carmine e Haven tem tudo que uma boa narrativa precisa ter: mistério, drama, romance, reviravoltas e dois personagens que te fazem ter vontade de bater em alguns momentos e de colocar no colo no momento seguinte. Além disso, a narrativa prende e te faz querer sempre mais, mais e mais. Haven e a família De Marco te mostram que é preciso batalhar pela liberdade e que muitas vezes o amor exige sacrifícios, mas quando há realmente amor, qualquer sacrifício vale a pena. E mais do que tudo, é preciso se arriscar por aquilo que você realmente deseja, é preciso correr atrás dos sonhos e do amor.

Por enquanto os livros são encontrados apenas em língua inglesa, mas a Universo dos Livros já adquiriu os direitos e a tradução para o português deve sair ainda no próximo ano.

2) Dias Perfeitos – Raphael Montes

Sinopse: Téo é um solitário estudante de medicina que divide seu tempo entre cuidar da mãe paraplégica e examinar cadáveres nas aulas de anatomia. Durante uma festa, ele conhece Clarice, uma jovem de espírito livre que sonha tornar-se roteirista de cinema. Ela está escrevendo um road movie sobre três amigas que viajam em busca de novas experiências. Obcecado por Clarice, Téo quer dissecar a rebeldia daquela menina. Começa, então, uma aproximação doentia que o leva a tomar uma atitude extrema. Passando por cenários oníricos, que incluem um chalé em Teresópolis e uma praia deserta em Ilha Grande, o casal estabelece uma rotina insólita, repleta de tortura psicológica e sordidez.

Se você gosta de livros de suspense, Dias Perfeitos é leitura obrigatória. O autor te guia com maestria por uma história de amor obsessivo em que a noção de certo e errado se confunde o tempo todo. Como já havia feito em Suicidas, Raphael cria personagens carismáticos, diálogos bem feitos e um final, no mínimo, chocante, mas nem por isso ruim.

 

Índice

3) Fim – Fernanda Torres

 Sinopse: O livro focaliza a história de um grupo de cinco amigos cariocas. Eles rememoram as passagens marcantes de suas vidas – festas, casamentos, separações, manias, inibições, arrependimentos. Álvaro vive sozinho, passa o tempo de médico em médico e não suporta a ex-mulher. Sílvio é um junkie que não larga os excessos de droga e sexo nem na velhice. Ribeiro é um rato de praia atlético que ganhou sobrevida sexual com o Viagra. Neto é o careta da turma, marido fiel até os últimos dias. E Ciro, o Don Juan invejado por todos – mas o primeiro a morrer, abatido por um câncer. São figuras muito diferentes, mas que partilham não apenas o fato de estar no extremo da vida, como também a limitação de horizontes. Sucesso na carreira, realização pessoal e serenidade estão fora de questão – ninguém parece ser capaz de colher, no fim das contas, mais do que um inventário de frustrações. Ao redor deles pairam mulheres neuróticas, amargas, sedutoras, desencanadas, descartadas, conformadas. Paira também um padre em crise com a própria vocação e um séquito de tipos cariocas. Há graça, sexo, sol e praia nas páginas de ‘Fim’. Mas elas também são cheias de resignação e cobertas por uma tinta de melancolia.

 Vários amigos me recomendaram esse livro, mas só fui ler depois que ganhei de presente de um amigo e logo veio a pergunta: por que demorei tanto para lê-lo? Se Fernanda Torres não decepciona na comédia, em seu livro de estreia ela nos mostra que é uma escritora de mão cheia também ao narrar as últimas horas de seus personagens com uma humanidade e uma sutileza incríveis. É impossível, para quem convive com pessoas idosas não reconhecer os sofrimentos inerentes à idade, comuns a todos eles, fictícios ou não. É um livro que te faz rir com as insanidades cometidas pelos personagens, chorar diante da sensação de efemeridade e que, no fim, te faz ver que a vida não passa de um quebra cabeça onde os diversos fragmentos se encaixam formando um todo, assim como Fernanda faz com a sua narrativa.

 4) Fiquei com o seu número – Sophie Kinsella

 Sinopse: A jovem Poppy Wyatt está prestes a se casar com o homem perfeito e não podia estar mais feliz… Até que, numa bela tarde, ela não só perde o anel de noivado (que está na família do noivo há três gerações) como também seu celular. Mas ela acaba encontrando um telefone perdido no hotel em que está hospedada. Perfeito! Agora os funcionários podem ligar para ela quando encontrarem seu anel. Quem não gosta nada da história é o dono do celular, o executivo Sam Roxton, que não suporta a ideia de ter alguém bisbilhotando suas mensagens e sua vida pessoal. Mas, depois de alguns torpedos, Poppy e Sam acabam ficando cada vez mais próximos e ela percebe que a maior surpresa da sua vida ainda está por vir.

 Atire a primeira pedra quem não precisa de um chick-lits de vez em quando. Mas o fato é que apesar da historinha boba e do final previsível Poppy me fez pensar e repensar diversas coisas. A primeira delas, não dá pra controlar tudo na vida e às vezes o deixar rolar é responsável por surpresas nunca antes imaginadas. Além disso, nada pior do que levar um relacionamento adiante só porque todos esperam isso ou porque é melhor estar com alguém do que sozinho. Nessas horas, por mais clichê que possa parecer, ouvir o próprio coração é essencial porque ele não mente nunca. E acima de tudo, é preciso aprender a dizer não. E olha, eu sei o quanto isso pode ser difícil. As pessoas podem até torcer o nariz para esse tipo de livro, mas eu desafio alguém a ler Fiquei com seu número e não se reconhecer ou reconhecer alguma amiga ou familiar, um mínimo que seja, na personagem principal.

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 5) Garota Exemplar – Gillian Flynn

 Sinopse: O livro começa no dia do quinto aniversário de casamento de Nick e Amy Dunne, quando a linda e inteligente esposa de Nick desaparece da casa deles às margens do rio Mississippi. Sinais indicam que se trata de um sequestro violento e Nick rapidamente se torna o principal suspeito. Sob pressão da polícia, da mídia e dos ferozmente amorosos pais de Amy, Nick desfia uma série interminável de mentiras, meias verdades e comportamento inapropriado. Ele é evasivo e amargo – mas seria um assassino? Ao mesmo tempo, passagens do diário de Amy revelam um casamento tumultuado – mas ela estaria contando toda a história? Alternando entre os pontos de vista de Nick e Amy, Flynn cria uma aura de dúvidas em que o cenário muda a cada capítulo. À medida que as revelações surgem, fica claro que, se existe alguma verdade nos discursos de Nick e Amy, ela é mais sombria, distorcida e assustadora do que podemos imaginar.

 Este foi mais um daqueles livros que fez do ato de virar a página um gesto quase automático. Simplesmente não dava para parar de ler. De certa forma, aqui estamos nós mais uma vez diante de uma história de amor obsessiva. A autora é uma contadora de de histórias de mão cheia. Ela te conduz exatamente para onde ela quer e desde as primeiras páginas ela já te tem nas mãos. dela. E por mais que durante a leitura eu não quisesse acreditar no que as evidências me apresentavam, nada, absolutamente nada, te prepara para a grande revelação da trama. Ainda não vi o filme, mas as pessoas que eu conheço que leram e viram, gostaram muito. Mas mesmo que você já tenha assistido, eu recomendo efusivamente a leitura, pois Flynn dá uma aula de narrativa e construção de personagens.

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Resenha: Suicidas

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O pensamentos sem nexo estreia hoje uma nova categoria no blog, um espaço para falar dos livros que ando lendo e que indico. E nada melhor para estrear esse espaço do que um ótimo policial, daqueles que te deixa ansiosa, querendo virar cada página para descobrir logo o que vem a seguir; e o melhor, um livro policial escrito por um autor brasileiro. Estou falando de Suicidas, do Raphael Montes, publicado pela editora Benvirá.

Pela sinopse já temos uma ideia de que fortes emoções nos aguardam. E não somos decepcionados. Um ano depois do trágico evento, que terminou de forma violenta e bizarramente misteriosa, uma nova pista, até então mantida em segredo pela polícia, ilumina o nebuloso caso. Sob o comando da delegada Diana Guimarães, as mães desses jovens são reunidas para tentar entender o que realmente aconteceu, e os motivos que levaram seus filhos a cometerem suicídio. Por meio da leitura das anotações feitas por um dos suicidas durante o fatídico episódio, as mães são submersas no turbilhão de momentos que culminaram na morte de seus filhos. A reunião se dá em clima de tensão absoluta, verdades são ditas sem a falsa piedade das máscaras sociais e, sorrateiramente, algo maior começa a se revelar.

Suicidas me chegou às mãos através de um amigo e apesar de eu nunca ter sido muito fã do gênero, os elogios que ouvi me deixaram curiosa e logo eu estava devorando cada linha, procurando pistas em cada parágrafo, ansiosa para retomar a leitura quando, por algum motivo, era obrigada a parar.

A escolha de três tempos narrativos paralelos e, ao mesmo tempo, de uma narrativa sob o ponto de vista de um dos personagens, talvez seja um dos grandes trunfos de Suicidas. Os três tempos nos deixam constantemente curiosos, querendo saber quem são e quais serão os próximos passos daqueles jovens aparentemente sem motivos para um gesto tão extremo. Além disso, a narrativa contada por Alê, aproxima o leitor e faz com que ele se veja envolvido com os personagens, sentindo a raiva, carinho, adoração, dúvidas que o Alê sente. E em alguns momentos, como ele, me vi questionando “será possível?”.

Em seu livro de estreia Raphael já se mostra dono de uma escrita fluida e capaz de prender o leitor, deixando-o sedento por mais e, fundamental no gênero, se mostra capaz de surpreender. Sem se preocupar com porquês ou com fazer críticas a uma juventude possivelmente vazia, Suicidas é competente e visceral no seu papel de entreter o leitor. Um livro que, definitivamente, vale a leitura e que nos faz esperar por outros ainda melhores.

Ficha técnica:

Suicidas

Autor: Raphael Montes

Editora: Benvirá

Ano de Lançamento: 2012

Número de páginas: 488

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