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Tô voltando

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Tô voltando. Abre a porta que estou voltando pra você. Sem amarras, sem medos. Deixei os “e se” para trás e resolvi me jogar de cabeça. Promete ser minha boia e não me deixar afundar?

É que não sou muito boa nessa coisa e amor e me arrepio toda só de lembrar como é a sensação de se afogar. É que eu não amo, quer dizer, não nado muito bem. Você me ensina? Com você eu aprendo rápido. Vou me esforçar. Sou capaz até de pegar umas aulas extras para aprender mais rápido.

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Só não larga minha mão antes da hora, tá? Ou melhor, só não larga minha mão e pronto. É que assim me sinto mais confiante, mais propensa a mergulhar mais e mais fundo, a tentar explorar outras profundidades. Vou comprar um escafandro para não correr o risco de perder o fôlego no meio do caminho. Só por garantia.

Tô voltando. Sem amarras, sem medos, sem “e se”. Mergulha comigo?

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Não sinto mais medo de amar você

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Não vou negar, lutei com todas as minhas forças contra cada partícula do que eu sentia por você. Lutei, quase desisti, desisti, lutei de novo. Lembro da sua vó me dizendo que se fosse por medo, pra eu não abrir mão do que a gente tinha; que muitas pessoas passavam a vida toda em busca exatamente daquele sentimento. E eu ali, fugindo, tentando não olhar para trás.

Fui, caminhei por aí, voei como tantas vezes você me disse para fazer. Conheci lugares, pessoas, me apaixonei por cidades de nomes impronunciáveis, ri até a barriga doer, fiz mais do que imaginava, vi mais do que meus olhos esperavam ver, bebi mais do que o recomendável, e ainda assim, descobri que nada estava completo sem poder dividir com você.

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Cansei de lutar, cansei de fugir e agora, cansada de fingir não sentir, volto para você. Sem medo de errar, sem medo de ser sua, sem medo de amar você. Descobri, talvez um pouco tarde, que sua vó tinha razão e que eu sempre busquei aquilo que somos juntos. Eu e você, simples assim.

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Queria te dizer que cansei de lutar

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Olha menino, eu sei que você tem investido muito tempo e paciência na gente, mas eu te peço, não desiste agora. É que não é fácil, pra mim, confessar o quanto eu venho gostando de você. O quanto eu ansiava por um outro bem querer. Um que me deixasse cuidar dele, mas que cuidasse um pouco de mim também.

Eu sei, menino, que tento me fazer de durona e fingir que não preciso de cuidados. Mas ainda bem que você soube enxergar por trás dessa armadura e viu que ainda existe um coração batendo. Meio descompassado, mas batendo, pedindo por cuidados. É que ele já sofreu demais e tem medo de passar por tudo aquilo de novo. Se você soubesse das armadilhas em que eu e o coitado já caímos… Por isso, de um tempos pra cá ele se trancou e meio que se recusa a se mostrar para qualquer um. Ele não quer sofrer tudo de novo e depois ter que ter os pedacinhos colados novamente. Cada pedacinho demora muito para cicatrizar e são muitas lágrimas, digo cola, derramadas.

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Mas olha, menino, eu que já conheço bem esse velho coração percebo o quanto ele dispara, meio sem querer, diante do seu sorriso torto e o quanto ele se derrete todo quando você surge no meio da tarde, sem nenhum aviso prévio, dizendo ser saudade. Outro dia, juro que ouvi ele suspirando enquanto eu falava sobre você com algumas amigas.

Ele vem dando mostras de que está cansado de lutar contra o que sente por você. E eu também.

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Que pena!

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Essa não é uma carta de amor comum, daquelas que os casais apaixonados trocam. Sabe por quê? Porque não formamos um casal apaixonado. Olhando para nós dois vejo uma mulher perdidamente apaixonada, certa de que encontrou o homem da sua vida. Mas, em compensação, vejo um homem cético, fechado para o amor. Um homem que tem medo, que não se acha merecedor de tanto amor. É uma pena!

Sinto muito, principalmente por você, menino. Não, não se trata de convencimento. Sinto por ver que uma pessoa tão incrível, que tem tudo para ser feliz ao alcance das mãos, vive preso a uma lembrança do passado e não se permite voar. Não quer se libertar e andar com as próprias pernas. Cômodo, não? Fácil jogar a culpa num trauma, não se tornando, assim, responsável pelos seus atos, pela sua vida. Mas quero que fique bem claro para você que esse não é o meu caso. Na hora em que toda essa dor, todo esse sofrimento passar, vou estar pronta para um novo amor e você vai continuar aí, com o seu fantasma. Tão morto quanto ela!

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Que pena! Por alguns instantes fui capaz de achar que tínhamos sido feitos um para o outro, que eu seria capaz de te resgatar e trazer de volta para a vida. Tínhamos tudo para dar certo e eu acreditei que daria, menino. Mas como num pesadelo, de repente o fantasma voltou para nos assombrar e conseguiu nos separar. Será que um dia o fantasma vai ser derrotado? Infelizmente não tenho esse poder. O único que o detém é você. Cabe a você querer usá-lo. O fantasma está na sua mente e só você é responsável por ele.

Se um dia resolver por isso, me procure. Quem sabe conseguimos conversar e, daí, tudo pode acontecer! Mas enquanto “ela” fizer parte da sua vida, nem adianta me procurar. Já te disse uma vez e mantenho: não dá pra competir com um fantasma, porque na sua memória ela é perfeita e eu, de carne e osso, estou longe disso. Sem mágoas, sem broncas, eu me despeço torcendo muito por você, pela sua felicidade e, quem sabe um dia, pela nossa.

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Por quê?

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Por que perdemos tanto tempo lutando contra o que era tão óbvio? Por que não dissemos logo o que sentíamos um pelo outro, sem nos preocuparmos com convenções furadas que dizem que não se liga antes de tantos dias, não se fala de sentimentos antes de tantos meses, não se expõe… Não, não, não!

Por que não dissemos mais eu te amo e menos eu não posso? Por que não corremos mais riscos, não nos jogamos mais de olhos fechados um em direção ao outro, sem medo da colisão?

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Por que não ouvimos mais nossos corações e menos nossas razões? Por que tentamos transformar eu e você em uma fórmula, tentando encontrar uma solução como quem resolve um problema matemático? Por que imaginamos tanto como seria ao invés de sentirmos com os cinco sentidos como seria realmente?

Por que lutamos tanto para boicotarmos o que sentíamos? Por quê?

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Só me resta o arrependimento

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Chove torrencialmente lá fora. O mesmo tipo de chuva que caía quando resolvi ir embora, achando que ao fechar a porta do apartamento atrás de mim, enquanto você tomava banho, eu estaria fechando também a nossa história. Como se fosse assim tão fácil. Como se fosse só apertar um botão e pronto, tudo esquecido.

Eu sei, fui covarde. Desisti do nosso amor. Desisti de tudo o que poderia e não poderia ser por medo, por comparações com o passado, com outras pessoas, sem me dar conta de que éramos apenas nós dois e a nossa história. Não havia mais ninguém. Poderia ter dado errado? Poderia, mas poderia ter dado certo também e eu nunca vou saber por ter tido medo de me entregar, de me ver novamente vulnerável diante de um sentimento novo, por não saber o que fazer com toda aquela falta de controle, aquele frio na barriga.

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Agora, só me resta conviver com um velho conhecido meu, o arrependimento. Me arrependo de tantas coisas. De ter aceitado o emprego, de ter falado quando não devia, de ter me calado quando devia ter falado, mas meu maior arrependimento vai ser sempre ter fechado a porta do seu apartamento naquela tarde chuvosa e ter te perdido pra sempre.

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Abre a porta pra mim

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Abre a porta que eu cheguei. Cheguei para acabar de vez com essa sua mania de achar que você não merece ser feliz e que nada nunca dá certo para você. Cheguei para mostrar que a sua vida só vai continuar sendo um roteiro de filme trash se você quiser, menino.

Abre a porta vai. Estou parada aqui de mala e cuia, corpo, alma e um coração disposto a se entregar sem medo. Não tenha medo você também. Aliás, trago comigo uma quantidade infinita de beijos e abraços capazes de afastar qualquer medo que você ainda tenha de se apaixonar outra vez.

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Pare de fingir que não tem ninguém aí dentro ou que você não está ouvindo a minha respiração ofegante do lado de fora, apenas esperando que você tenha coragem de abrir a porta pra mim.

Não mantenha a porta da sua vida fechada para nós, menino. Abre a porta, deixa o frio na barriga entrar outra vez, deixa a chuva lavar a calçada e levar com a água suja qualquer resquício do medo de sofrer mais uma vez. Deixa as borboletas fazerem uma festa no seu estômago.

Abre a porta, as janelas, tire a poeira dos móveis e aproveite para tirá-los da alma também.

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Dê uma nova chance para o amor

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Por que tanta dor, menino? Por que tanto medo de amar? Ei, você pode e merece ser feliz de novo. Acredite em mim. Não sei o que ela (ou terão sido elas?) te fez, mas não vá pensar o mesmo de mim. Eu te quero tão bem, menino, e me dói tanto aqui dentro te ver tão destroçado, tão amedrontado para o amor. Acredite, não vai ser sempre assim. Mas você precisa se arriscar para descobrir isso. É só me dizer o que eu preciso fazer para tirar essa tristeza dos seus olhos e eu irei correndo. Eu vou estar sempre por perto, menino, é só me chamar.

Sei que não é fácil esquecer as dores do passado e sei que não é por mal que você me compara com ela, mas deixa eu te contar um segredo? Eu não sou ela. Não que eu já não tenha sido a “ela” de alguém, mas eu nunca te machucaria, menino. Não deliberativamente, pelo menos.

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Deixa essa história acontecer. Deixa eu te mostrar a direção para o final feliz que você sempre quis. Me deixa cuidar do seu coração e aceita o meu em troca, ele já é seu de qualquer forma.

Dê uma nova chance para o amor, menino. Dê uma chance para mim!

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Ela só precisa se sentir amada

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Não se espante, menino, se em algum momento você a encontrar chorando em posição fetal, para momentos depois vê-la rindo de algo que você acabou de dizer. Não, ela não é louca. Ela é intensa. Ela sente demais, se entrega demais… Por isso, menino, tenha paciência com ela e tome conta dela direitinho. Apesar de sentir demais, ela tem medo de perder o controle do que quer que seja, por isso se apaixonar é um bicho de sete cabeças pra essa guria e se ela cair de amores por você, pode saber que isso é algo grande demais. Ela está, de certa forma, te dando o mundo dela. Cuide dele como se fosse seu.

Eu sei que não vai ser fácil. Ela vai surtar em alguns momentos e você vai ficar se perguntando o que está fazendo ao lado de alguém tão cheia de fases, mas nestes momentos, lembre-se da forma como os olhos delas se juntam quando ela sorri ou de como ela fica linda vestindo apenas as suas camisas e de como elas realçam as lindas pernas dela ou ainda de como ela parece criança, uma criança linda, solta e livre, em uma livraria. Lembre-se de como ela quase pôs fogo na casa só para tentar fazer a sua receita favorita no aniversário de três meses de namoro, embora fingisse que não estava se ligando para a data ou como ela passou a tarde inteira ouvindo cada uma das histórias da sua avó, como se estivesse vendo um grande pensador falar na frente dela ou como às vezes ela parece esquecer das próprias dores para tentar desanuviar as suas, quando acha que elas parecem pesadas demais.

E depois de lembrar disso tudo e dos motivos que levaram você a se apaixonar por ela, a abrace bem apertado, sussurre ao pé do ouvido que vai ficar tudo bem e sinta ela relaxar em seus braços. Ela só precisa de alguém que fique e que passe segurança para ela. Porque ela pode parecer muito segura na maior parte das vezes, menino, mas tem seus momentos de menina assustada. E como toda menina assustada, ela só precisa se sentir amada.

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Nem todos são como ele

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Eu sei que ele te machucou e que, por isso, você acha que nunca mais vai ser capaz de amar de novo, de confiar em alguém como confiou nele um dia. Mas menina, nem todos são como ele. Alguns só querem a chance de ver como o seu rosto se ilumina quando você sorri. Alguns dariam a vida para ver aquelas duas covinhas se formando ou para arrancar toda a tristeza que o seu olhar carrega. Seus olhos não nasceram para carregar tamanha tristeza, menina. Logo eles, fonte de tanta alegria cada vez que você dispensa alguns segundos olhando para mim.

Eu sei que neste momento você quer odiar a ele, ao mundo e a si própria. Acha que esses óculos escuros, essas roupas pretas e a cara amarrada vai assustar qualquer um que queira se aproximar. Mas não se engane menina, se fechar para o mundo não vai fazer com que você se sinta melhor. Nem um pouco. E continuar nutrindo este ódio por ele também não. Na verdade, a melhor resposta que você pode dar para ele e para si mesma é se feliz novamente. É mostrar que apesar de tudo você é forte e deu a volta por cima. Eu sei que vai levar tempo, mas eu estou aqui, firme e forte esperando você perceber que nem todos são como ele. Que nem todos querem apenas brincar com o seu coração.

Eu sou paciente, menina. E sei que você não faz por mal. Ninguém quer se machucar e sentir toda essa dor novamente. Ninguém quer ver seu amor ser jogado fora como um balde de água suja. Você não é a primeira a sofrer assim e provavelmente não vai ser a última. Por isso, vai com calma nessa dor, menina. Não maltrate tanto assim o seu coração. Largue esse medo para trás, se dispa dessa dor e olhe ao redor, dê uma chance a quem quer te fazer feliz. A quem só está esperando uma chance para te mostrar que nem todos são como ele e que ser feliz é mais do que uma opção.

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