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É que hoje a saudade tá demais

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Tanta coisa trazendo você para mim hoje. Tá difícil, baby. Dias como hoje fazem a saudade doer ainda mais.

Sonhei contigo essa noite, uma coisa boba, alguém criou um evento no face e a foto do evento tinha você, com aquele sorriso bobo na cara, os olhos sempre brilhando, aquela eterna cara de criança que não cresceu, por mais que já tivesse passado há tempos dos 20.

Depois entrei num táxi e estava tocando a sua música. Acho que já te disse que nunca mais consegui ouvir Cara Estranho sem que meus olhos fiquem marejados, né? Simplesmente não dá. O pior é que ao sair do exame, liguei meu iPod e foi justamente Cara Estranho que começou a tocar no shuffle. O que é isso, menino, também está com saudades de mim?

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E para completar as coincidências que te trouxeram ainda mais para mim nessa manhã, o motorista do uber resolveu vir para a minha casa pelo caminho que passa pelo seu bairro. Ele não deve ter entendido nada quando eu pedi para ele dar literalmente a volta em um quarteirão nada a ver só para passar na porta do seu prédio. A vontade foi pedir para ele parar, descer e tocar a campainha, mas eu sabia que não seria uma das melhores cenas da vida. O que de pior poderia acontecer? Ninguém atender? Ou alguém atender e eu ter que explicar, provavelmente chorando, que alguém muito importante para mim havia morado ali e eu só queria poder dar uma última olhada no apartamento que tantas lembranças boas me trazem? Não, ainda bem que consegui me controlar. Consigo até imaginar se eu chegasse um dia te contando que fiz isso. Você provavelmente rolaria os olhos e diria: “só você mesma, garota”. Ninguém mais me chama de garota como você fazia. Ninguém mais faz tantas coisas como você fazia.

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Pode não parecer, mas não passa um dia sem que eu pense em você e reze para que você esteja bem, onde quer que esteja. Mas é que tem dias que doem mais do que os outros.

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5 anos sem você

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Cinco anos se passaram e ainda dói, sabia? Há cinco anos o cara estranho não chega mais, não tenta esconder o grande coração que tinha, não tenta esconder o menino que vivia no corpo desengonçado do rapaz que fez meu coração disparar logo à primeira vista. Cinco anos sem você e a falta ainda sufoca, exatamente como no primeiro dia; eu só queria emergir e voltar a respirar sem sentir essa queimação no peito. Não, eu ainda não aprendi a ficar à vontade com a sua ausência. E não acho que vou aprender um dia. Como aprender a viver com a ausência de alguém que continua vivo dentro da gente?

Mesmo cinco anos depois eu ainda sonho com seu olhar de menino assustado, com seu sorriso tímido e com seus braços me envolvendo e dizendo que tudo ia dar certo. Eu ainda espalho seu perfume pelo travesseiro nas noites de insônia e ainda fecho os olhos com força, pedindo baixinho que tudo tenha sido um pesadelo e que a qualquer momento você entre pela porta cantarolando uma canção qualquer e me puxando para dançar pelo quarto. Como eu daria tudo por uma última dança com você.

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Eu me tornei uma pessoa pior nesses cinco anos, sabia? Não sei, explicar. Continuo trabalhando, indo almoçar com a família no domingo, encontrando as amigas de vez em quando, como eu sei que você gostaria que eu fizesse, mas é como se eu pudesse ver tudo de um outro ângulo. Não reconheço meu sorriso sem vida, não reconheço o olhar sem brilho, não reconheço a mulher sem planos que me tornei. Há cinco anos apenas vivo um dia atrás do outro, mecanicamente. É como se você tivesse levado o filtro que me fazia enxergar beleza nas pequenas coisas.

É como se tudo tivesse se tornado mais sem graça desde que você se foi. Só o céu que parece mais brilhante com a estrela que ganhou.

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Carta pra dizer, tarde demais, o quanto te amei

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Eu falhei. Falhei tão feio com você, meu amor. E agora, o que mais dói é me dar conta do quanto eu te decepcionei e o pior, não há nada mais que eu possa fazer para mudar isso. É tarde demais.

Ah se eu pudesse fazer o tempo voltar atrás… eu te diria todos os dias o quanto eu te amava. Eu diria o quanto você era a vida da nossa casa, o norte que orientava a minha bússola interna. Eu teria segurado sua mão no final e garantido que ficaria tudo bem. Não sei bem se seria uma frase de consolo mais pra mim ou pra você, mas eu teria feito mesmo assim. Eu teria beijado sua boca uma última vez para tentar manter o seu gosto em meus lábios por mais tempo e teria, por fim, repetido exaustivamente o quanto eu te amava.

Mas eu falhei. Eu cheguei tarde demais e agora não me resta nada além do seu corpo inerte, já sem vida à minha frente. E uma dor que nunca senti igual. Deve ser o peso da culpa em meu coração, eu sei.

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Lembro do dia em que recebemos a notícia da sua doença. Dessa doença maldita que foi te levando de mim um pouco a cada dia. Você foi tão corajosa e eu não soube enxergar que, no fundo, aquilo não passava de uma máscara que você estava usando para não me preocupar, para que eu não visse o seu medo. Você não queria que eu parasse a minha vida para eu ter como continuar depois e eu fui tão insensível, deixei meu próprio pavor de te perder ir me afastando de você antes da hora, ir te tornando invisível para mim. Logo você que sempre brilhou para mim como um farol em alto-mar. Ao fugir do seu sofrimento te fiz sofrer em dobro e sofro mil vezes mais agora, como castigo.

Eu só queria uma chance para fazer tudo diferente e acredite, eu faria. Eu faria tudo para aliviar a sua dor. Eu faria tudo para que cada um dos seus dias fosse especial, fosse marcante, para que se fosse o último, ele tivesse valido a pena e eu pudesse ter visto o seu sorriso uma última vez. Mas eu ainda não tenho esse poder e, por isso, vou me culpar pelo resto do tempo que me resta.

Eu só queria ter despertado a tempo de te dizer o quanto eu te amava, do jeitinho que você merecia ter sido amada. Pena que agora é tarde demais.

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A minha estrela mais brilhante

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É engraçado como alguns hábitos nunca mudam não é? Me lembro como se fosse hoje do dia em que você me disse que iria partir em breve, mas que sempre que eu quisesse falar com você era só olhar para o céu, procurar a estrela mais brilhante e então contar o que eu quisesse para ela, que seria como se eu estivesse falando com você e que você poderia me ouvir, mesmo lá longe.

Hoje eu sei que tudo aquilo não passou de você tentando fazer com que a sua perda fosse mais fácil para mim. Não funcionou, sabia? Nunca foi fácil. Nada faria ser fácil estar longe de você. Mas ainda assim, nunca pude esquecer a sua preocupação comigo mesmo num momento como aquele. Você nunca transpareceu medo nem nada que não fosse paz e tranquilidade. E ainda assim a cada dia você estava mais perto de ir embora de vez.

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Essa coisa de falar com a estrela também nunca foi a mesma coisa. Ela nunca me olhou de volta com olhos simpáticos e preocupados, realmente tentando entender o meu problema, por mais bobo que ele fosse. Ela também nunca foi muito boa em dar conselhos, sabe? Aliás, ninguém nunca mais me deu conselhos tão bons quanto os seus.

Ainda assim, mais de dez anos depois, aqui estou eu deitada no gramado de casa, olhando pro céu em busca da estrela mais brilhante, apenas para me sentir mais próxima de você.

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Carta para o meu super-homem

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Eu sei que você está partindo e isso me mata um pouco junto a cada dia. Não estou preparado para perder você. Sei que é a ordem natural das coisas, que a vida é assim, mas eu não aceito. Eu não quero aceitar. Me sinto de novo como a criança que fui há tanto tempo e que se sentia perdido quando você não estava ao alcance dos meus olhos. Mas logo você surgia de novo e meu coração entrava no compasso certo novamente. Como vai ser? Meu coração agora vai ficar descompassado para sempre?

Fico te observando quando você não está olhando e me pergunto se você sabe o quanto eu te amo, o quanto você sempre foi uma espécie de herói para mim. Você sabe? Cada passo que dei foi tentando me aproximar um pouco do homem que você é. Cada ação minha como pai foi tentando ser para os meus filhos o que você é para mim. Mais do que um pai, um amigo, um ombro sempre pronto para aparar minhas lágrimas, um abraço sempre acolhedor… O simples fato de saber que eu poderia contar com você já me bastava. E agora? Quem vou buscar quando estiver prestes a entrar em desespero? Quem eu irei procurar quando estiver precisando de alguém que me mande parar e deixar de drama? Como vou viver sem o seu riso contagiante e o seu olhar doce? Que norte passarei a buscar?

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Sei que nem sempre fui o filho que você mereceu ter. E que nem sempre demonstrei a importância de te ter junto a mim. Sinto muito pelas preocupações e pelas dores causadas. E espero que nunca tenha acreditado quando reclamei de você e disse que te odiava. Eu sempre me arrependia no instante em que as palavras deixavam a minha boca e eu via em seus olhos o quanto aquilo havia te atingido. Se servir de consolo, sei que vou passar pelas mesmas coisas quando as crianças chegarem na adolescência e vou sofrer em dobro ao sentir na pele a dor que causei a você.

Queria ter o poder de acabar com a sua dor e de te manter aqui pra sempre, mas o super herói da casa sempre foi você. Meu super homem com a cueca por baixo da calça. Uma vez me disseram que a pessoa nunca morre enquanto viver no coração de alguém. Você vai estar sempre no meu coração, pai, mesmo ele faltando um pedaço e batendo descompassado.

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Você ainda me amaria?

Índice

Hoje encontrei sua mãe no ônibus e passamos quase a viagem inteira falando sobre você, rindo das coisas boas… Mas foi só ela descer que a tristeza tomou conta de mim e fiquei me perguntando se você ainda me amaria do mesmo jeito se não tivesse sido arrancado de mim como foi.

Você ainda amaria as covinhas que se formam no meu rosto quando eu sorrio? Ainda acharia meus dentes meio separados um charme ou isso já teria se tornado um defeito horroroso para você? Você ainda amaria a forma como eu me visto? Você costumava dizer que eu tinha um estilo só meu; você ainda acharia isso ou eu teria me tornado uma baranga para você? Nossos gostos musicais ainda combinariam?

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Você ainda acharia um sinal do destino o fato de amar azeitonas enquanto eu as odeio? Ainda acharia um charme a minha predileção por sorvete de cupuaçu ou estaria comentando com os seus amigos o quanto os meus gostos eram estranhos? Você ainda seria capaz de passar horas me vendo ler ou me ouvindo falar sobre os meus sonhos, viagens, planos, filmes preferidos? Você ainda acharia que a nossa casa era o melhor lugar do mundo?

Você ainda amaria a forma como o meu corpo se moldava ao seu no meio da noite? Ainda acharia que não havia lugar melhor do que os meus braços? Ainda acharia graça no fato de eu falar enquanto durmo e de ter medo do escuro? Ainda amaria os sons que eu faço durante o sexo? Ainda adoraria a forma como a minha mão parecia sempre procurar a sua? Ainda amaria o meu jeito ao mesmo tempo tímido e espevitado?

Você ainda me amaria?

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Heróis não deveriam morrer nunca

FORTE NEBLINA COBRE A CIDADE DO RIO DE JANEIRO E NITERÓI

O céu estava cinza, houve turbulência durante todo o voo e nenhum sorriso, brincadeiras ou provocações quando saímos da sala de desembarque do aeroporto que sempre tantas expectativas me proporcionava. A paisagem não parecia tão bela e o silêncio dentro do carro devia pesar tanto quanto a estrutura daquela ponte que atravessávamos. Pela primeira vez não sorri ao ver o pão de açúcar; meu herói havia morrido e o dia 1º de outubro se tornaria, para sempre, o dia mais triste do mundo, para mim.

Não haveria mais jogos de dominó, não haveria mais olhares cúmplices, não haveria mais abraços. As férias nunca mais seriam as mesmas, a casa nunca mais seria a mesma. Estava vivendo minha primeira perda e meu mundo nunca mais ficaria inteiro novamente.

Heróis deveriam ser proibidos de morrer.

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Quando você deixou de existir

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Faz pouco mais de vinte e quatro horas que você deixou de existir e o mundo perdeu toda sua cor, seu cheiro e sua beleza para mim. Me pego andando pela casa como um animalzinho perdido depois da mudança, sem reconhecer nada, em busca de um cheiro, de um afago, de um toque de conforto. A verdade é que você deixou de existir e eu não sei como agir em um mundo no qual você não faça parte. Não porque eu tenha me transformado em uma daquelas mulheres patéticas que abrem mão de suas próprias vidas para viver a do outro, mas simplesmente porque eu gostava muito da versão de mim que você trazia à tona. Uma versão que eu tenho medo que suma sem a sua presença. E eu não quero que ela suma, porque ela é tudo o que me resta de você. Mas quem vai me desafiar daqui para frente? Quem vai acreditar em mim quando nem eu mesma acredito? Quem vai me arrancar sorrisos em uma manhã gelada de inverno?

Eu sei que você esperava que eu seria forte como sempre fui, mas tudo parece desmoronar à minha volta e eu não sei se consigo ser forte de novo, se consigo me reerguer. Sinto como se esse silêncio todo fosse me esmagar a qualquer momento e tudo o que eu queria é que você surgisse, nem que fosse uma última vez, para eu poder te dizer de novo o quanto eu te amei, o quanto eu te amo e o quanto sempre vou te amar.

O mundo se tornou cinza, tudo parece ter perdido o sentido como em um filme do Fellini. De repente, sinto como se todas as dores do mundo tivessem caído sobre os meus ombros.

Você deixou de existir e eu perdi o equilíbrio.

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Eu quero a minha vida de volta

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Tem dias que eu acordo e sinto uma raiva tão grande de você, mas aí acabo me sentindo culpada e isso torna tudo ainda pior porque eu sei que não foi culpa sua, não foi uma escolha, mas ainda assim você me deixou e um dia, debaixo daquela amendoeira que havia na porta do nosso prédio, você jurou que nunca me deixaria. E de todas as promessas que você me fez, essa era a única que eu queria que nunca tivesse sido quebrada.

Dói acordar todos os dias e saber que não vou ver seu sorriso, não vou ouvir suas piadas sem graça – eu daria tudo para ouvir cada uma delas mais uma vez -, não vou ouvir suas reclamações quando eu te pedir para buscar pão. O não torna a ausência mais pesada e essa casa agora parece um local em constante obra, onde posso ouvir o não ressoando como uma marreta sobre a parede. Não, você não está aqui. Não, você não vai voltar. Não, não há nada que eu possa fazer. Não, não, não…

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Você me disse que eu tiraria isso de letra, que era só eu ser forte como sempre fora, mas eu não quero ser forte, não quero mais ver os olhares de pena na minha direção, o silêncio sepulcral quando alguém deixa escapar o seu nome perto de mim, como se fosse um crime condenável à pena de morte citar o seu nome ou até mesmo pensar em você perto de mim. Ah se eles soubessem que eu penso em você o tempo todo e que provavelmente ainda falo o seu nome enquanto durmo, como você adorava me contar que eu fazia, com aquele ar provocador, pela manhã.

A verdade é que não é só com a sua ausência que eu tenho que me acostumar, pois não foi só isso que mudou. A sua morte me transformou na coitadinha, na amiga que não merece saber ou ver a felicidade das outras, afinal isso não é justo com ela; a pessoa que faz o clima mudar quando chega, mesmo que ela não queira. Você morreu e eu sinto a sua falta todos os dias, mas eu fiquei e quero a minha vida de volta!

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Lembranças

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Estou cansada, apesar de passar o dia todo deitada, e nos últimos tempos as coisas parecem um pouco confusas. Têm dias em que acordo em um ambiente que não reconheço e cada vez mais pessoas estranhas vêm me ver, falam comigo como se eu fosse alguma espécie de idiota – de forma pausada e gritando como se eu fosse surda – e vão embora chorando. No início, achei que me confundissem com alguém, mas não tenho certeza. Uma mocinha de cabelos vermelhos acabou de sair daqui. Ela passou duas horas me contando histórias sobre a sua infância, com um olhar repleto de esperança, como se esperasse que eu me lembrasse de algo. Mas do quê? Eu nunca a vi antes, como poderia saber algo sobre a sua infância? Ela é simpática, bonita até, e os cabelos vermelhos e os olhos azuis de alguma forma me lembraram você. É por isso que eu não me importei e deixei que ela ficasse e falasse, já que você nunca aparece.

Outro dia perguntei sobre você para uma das moças que veio me dar remédio, mas ela apenas sorriu, como você costumava fazer quando não tinha a menor ideia sobre o que eu estava falando, e saiu, voltando para os seus afazeres. Eu sempre odiei aquele sorriso. Mas apenas aquele, pois o sorriso torto que você me deu na primeira vez em que nos vimos sempre foi o meu sorriso favorito no mundo todo. Algo ali me dizia que eu não devia me apaixonar por você e, ainda assim, era um convite irrecusável ao amor. Nunca fui muito boa em dizer não para o que quer que seja, imagine se eu seria capaz de recusar justo um amor como aquele que o seu sorriso torto me oferecia?  E eu não me enganei. Você podia ser insuportável quando queria, mas do nada abria seu sorriso e eu me derretia. Não pelo sorriso torto em si, mas pela ternura que ele levava aos seus olhos. Um estava sempre acompanhado do outro, e da covinha nas bochechas.

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Tenho a sensação de que dormi por dias, mas podem ter sido apenas minutos. A menina de cabelo vermelho esteve aqui e trouxe um álbum de fotos dessa vez. Havia algumas fotos de um casamento e fiquei me lembrando do nosso, você estava tão charmoso naquele fraque escuro, parecendo tão confiante, tão seguro de si, enquanto eu estava tão nervosa que quase não consigo me lembrar de nada. Mas lembro do sorriso que você abriu quando meu viu pela primeira vez vestida de noiva; ele era torto. E a ternura estava presente nos olhos. E havia covinhas também.

As pessoas entram e saem cada vez mais apressadas daqui, seja lá onde for este lugar. As visitas da menina de cabelo vermelho duram cada vez menos, pois ela não consegue controlar seu choro. Coitada, deve estar passando por algum problema. Vai ver ela conheceu algum rapaz de sorriso torto. Sonhei que você dizia que viria me visitar esta noite, enquanto eu estivesse dormindo. Mal posso esperar. Acho que vou dormir agora…

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